Musk diz que quer 1 bilhão de pessoas no Twitter: “Usuários devem poder dizer ‘coisas ultrajantes’”

 Musk falou sobre planos para a empresa à medida que sua aquisição de US$ 44 bilhões avança. (Foto: Pixabay/Reprodução)

O empresário norte-americano Elon Musk, que está em negociação para a compra do Twitter, num acordo estimado em US$ 44 bilhões, teve uma sessão virtual de perguntas e respostas com mais de 8 mil funcionários do aplicativo, nesta quinta-feira (16). De acordo com informações divulgadas pela agência Bloomberg e pelo jornal norte-americano The New York Times, o empresário teria dito aos funcionários que “é a favor de posições políticas moderadas” e que os usuários poderiam dizer “coisas ultrajantes” na plataforma. Musk ainda teria expressado que quer que 1 bilhão de pessoas utilizem a rede.

"Quero que o Twitter contribua para uma civilização melhor e mais duradoura onde possamos entender melhor a natureza da realidade", disse o co-fundador e líder da Tesla, SpaceX, Neuralink e The Boring Company, na transmissão, que começou após às 9h da manhã, do horário de São Francisco, nos Estados Unidos.

Musk teria dito aos funcionários que pessoalmente é a favor de “posições políticas moderadas, mas que os usuários devem poder dizer coisas ultrajantes”. Segundo as reportagens, ele teria justificado esse ponto de vista dizendo que “a liberdade de expressão não significa liberdade intrínseca para  que os comentários cheguem a todos os lugares”.

Durante a transmissão, houve uma pergunta se ele estará comprometido com um local de trabalho diversificado e a servir a uma base de usuários diversificada. Musk respondeu que quer ter "pelo menos um bilhão de pessoas no Twitter". Talvez mais". O empresário ainda teria dito que essa é a "definição mais explícita de abrangência".

Durante as últimas semanas, apesar de estar em processo de comprar a rede social em um negócio bilionário, o empresário tem questionado publicamente as operações do Twitter, numa suposta tentativa de baixar o preço da negociação. 

No encontro virtual, do qual Musk participou a partir de seu celular no que parecia ser um quarto de hotel, ele não deu nenhuma atualização sobre seu acordo de US$ 44 bilhões. Segundo informações, em relação ao financiamento da operação, Musk teria reduzido o endividamento inicialmente previsto, que agora seria de US$ 13 bilhões.

Já nos primeiros dias deste mês, Musk  ameaçou retirar sua oferta e acusou a direção da empresa de resistir aos seus pedidos de informações sobre contas falsas e spam. O Twitter, pressionado, concordou em fornecer a ele as informações.

Respondendo a uma pergunta sobre possíveis demissões, Musk pontuou que a rede social "precisa ficar saudável" em termos de sua situação financeira. O empresário se mostrou favorável à publicidade e à implementação de assinaturas como formas de ganhar dinheiro no Twitter. Em certos momentos, Musk também pontuou que pretende cobrar pela verificação de contas.

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