Metaverso reúne tecnologias, plataformas e produtos em ambientes 3D; entenda

O metaverso será um sistema interconectado que transcende as fronteiras nacionais. (Foto: Meta Quest/Reprodução)

    Um dos maiores conglomerados de mídia e tecnologia, o Facebook, anunciou no ano passado investimentos estimados em US$ 50 milhões de dólares (mais de R$ 238 milhões de reais), para se tornar uma empesa de “metaverso”. Com o anúncio, passou a se chamar Meta. Desde então, muito especula-se sobre o que é o Metaverso e quais as perspectivas de aplicabilidade na vida real. De acordo com presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, o Metaverso consiste de uma constelação de tecnologias, plataformas e produtos, interconectados através de sistemas que transcenderão as fronteiras nacionais, com ambientes 3D, realidade virtual e aumentada. “Não haverá um metaverso da Meta, assim como não existe uma ‘Internet da Microsoft’ ou ‘Internet do Google’ hoje”, resume. 

    Segundo Clegg, uma maneira de pensar sobre a estrutura do metaverso é imaginar um edifício (desde os fundamentos até os pisos superiores), onde cada andar sustenta o que está acima dele. “Os alicerces do edifício incluem o hardware – telefones, fones de ouvido de realidade virtual, óculos de realidade aumentada, etc – e os protocolos e padrões técnicos que garantem que várias tecnologias possam interagir”, explica.

A construção do Metaverso
    Nessa lógica, o piso térreo do metaverso está sendo construído em cima de tais protocolos. “Essa é a camada intermediária onde plataformas, instituições e outras redes vão criar o universo de produtos que compõem os mundos 3D do metaverso”, completa.

    Clegg conta que no primeiro andar do metaverso será possível acessar a tecnologia como usuário e onde grande parte das experiências estará disponível. “Os usuários do Quest [óculos de realidade aumentada], por exemplo, podem acessar o metaverso por meio de aplicativos sociais de realidade virtual como o Horizon Worlds. Aplicativos e experiências darão suporte à capacidade dos criadores de desenvolver uma infinidade de espaços”.

    Do ponto de vista dos impactos econômicos, estima-se que a economia global do metaverso pode valer mais de US$ 3 trilhões de dólares globalmente em uma década, segundo um estudo produzido pela consultoria econômica independente Analysis Group para a Meta.

O Metaverso será como a Internet?
    O presidente de assuntos globais da Meta ressalta que assim como a internet de hoje, o metaverso não será construído, operado e gerido por somente uma empresa ou instituição. Em sua visão, serão necessárias várias empresas grandes e pequenas, a sociedade civil, o setor público e milhões de criadores individuais.

    “O tema comum nesses andares é a interoperabilidade. A interconexão de padrões, sistemas e aplicativos que permitem que as pessoas transitem sem problemas entre uma parte do metaverso e outra. Essa interoperabilidade não é absoluta, pois nem todos os elementos das experiências do metaverso precisam ser, ou serão, compatíveis com os outros. Mas sem um grau significativo de interoperabilidade embutido em cada andar, o metaverso se tornará fragmentado e dividido em silos, cada um impenetrável e separado do outro”, finaliza.

    Diante deste cenário, desafios sociais, éticos e de governança envolvendo o metaverso já estão surgindo. A Meta explicou que para este caso, o Fórum Econômico Mundial examinará questões sobre equidade, inclusão e acessibilidade, privacidade e segurança, oportunidade econômica e interoperabilidade, criando uma "rede de instituições interessadas em contribuir com a criação de melhores práticas e princípios de governança".

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