Compra e venda de produtos por NFTs está sendo testada no Instagram

Criadores de conteúdo ganham novas ferramentas para obter renda. (Foto: Instagram/Reprodução)

    A compra e venda de artes, imagens, vídeos e músicas por meio de tokens não fungíveis (NFTs), ativo digital que representa um item exclusivo e único (que pode ser digital ou físico), está sendo testada na plataforma do Instagram. De acordo com a Meta, conglomerado estadunidense dona da plataforma, a partir deste mês, alguns usuários norte-americanos poderão compartilhar seus itens na rede através da tecnologia blockchain, que é um grande banco de dados público e imutável. Segundo a empresa, não haverá taxas associadas à publicação ou ao compartilhamento dos itens na rede social. Ainda não há previsão de quando a ferramenta será implantada no Facebook.

    A empresa considera que a nova tecnologia permite que os criadores de conteúdo tenham mais formas de monetizar. "Analisamos o que os criadores de conteúdo já estão fazendo nas nossas tecnologias para melhorar a experiência, ajudá-los a criar mais oportunidades de monetização e levar os NFTs a um público mais amplo".

    Por outro lado, a tecnologia blockchain e as NFTs, levantam questões sobre os impactos ambientes, pois as empresas que utilizam tal tecnologia demandam um alto consumo de energia para o pleno funcionamento do sistema. Especialistas apontam que isso pode gerar desequilíbrio ambiental associados a emissão de carbono pelos aparelhos e mais usos de recursos não-renováveis. A Meta, no entanto, disse que: “ajudará a reduzir o impacto das emissões que podem estar associadas à exibição de colecionáveis digitais no Instagram por meio da compra de energia renovável”.

    Alguns usuários da América do Norte já testaram a nova ferramenta, no começo desse mês. "Esse novo recurso permitirá que os colecionadores rastreiem a arte até o artista e façam parte da comunidade que eles construíram no Instagram por tanto tempo", comentou a artista, Maliha Abidi (@maliha_z_art).

    Com a nova ferramenta, os criadores de conteúdo ou colecionadores poderão compartilhar no Instagram NFTs que criaram ou compraram. Segundo a Meta, esse recurso inclui:

  1. Conexão a uma carteira digital. Uma vez conectados, os criadores de conteúdo e colecionadores poderão escolher quais NFTs da carteira gostariam de compartilhar no Instagram.
  2. Compartilhamento de colecionáveis digitais. Assim que um criador de conteúdo ou colecionador publicar um colecionável digital, a imagem terá um efeito cintilante e poderá exibir informações públicas, como uma descrição do NFT. As publicações também ficarão visíveis nos perfis deles.
  3. Marcação automática do criador de conteúdo e do colecionador. O criador de conteúdo e o colecionador podem ser atribuídos automaticamente na publicação do colecionável digital (sujeito às configurações de privacidade).
Entenda o funcionamento das NFTs
    Como os NFTs são uma tecnologia emergente, é importante que os esforços iniciais da Meta expliquem aos usuários o uso dos ativos digitais, bem como seus riscos. "As pessoas podem usar as nossas ferramentas para manter as suas contas seguras e denunciar colecionáveis digitais que violam as nossas Diretrizes da Comunidade". 

    Apesar de algumas vantagens, como possível valorização monetária de obras (o que pode render algum dinheiro), antes de entrar nesse universo de tokens não fungíveis, é importante considerar que:

  • Qualquer um pode criar um NFT, por isso é preciso estudar bem quem são as pessoas por trás dele. Alguns ativos digitais podem ser falsos. Essa fraude é popularmente conhecida como “Shitcoins”.
  • Outro aspecto para ser levado em consideração, é que os NFTs parecem com o mercado tradicional de arte. Significa dizer que, se você comprar um token não fungível, e depois decide revendê-lo, é possível que haja demora em achar um comprador.
  • Por fim, é preciso considerar ainda que ativos digitais como NFTs são tecnologias emergentes, e, portanto, estão em processo contínuo de formação de valor e preço. E isso pode variar aos extremos, abrindo margens para golpistas. Assim, é importante pesquisar se o ativo realmente é de autoria de quem se compra.


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